sábado, 1 de novembro de 2008

Sob uma óptica tradicional



Concordo plenamente com os colegas que consideram o Plano Tecnológico da Educação como uma medida excessivamente política e eleitoralista. Na sociedade em que estamos inseridos, a Tecnologia é fundamental e necessária mas deveria ser implementada de uma forma concertada e coerente, o que implica uma série de medidas aliadas ao fornecimento de computadores e de conteúdos digitais de interesse pedagógico. Nenhum Kit tecnológico funciona sem a componente humana e não resolve todas as problemáticas ligadas ao ensino/aprendizagem. É importante desenvolver na Escola práticas de ensino inter-activas, mas, para isso, têm de existir formações gratuitas para que os professores menos familiarizados com as TIC possam experimentar e trabalhar com colegas mais experientes. Muitas escolas ainda não têm as condições para a implementação do plano tecnológico. Na minha opinião, deveria ter existido um ano zero onde todos os professores tivessem tido acesso a acções de formação dadas pelas escolas onde estão colocados e onde as escolas tivessem transformações e adaptações dos seus espaços físicos para recebem este Plano Tecnológico. Apesar de considerar que se deveria ter pensado melhor na dinâmica das Escolas, na formação de docentes e na formação de alunos (muitos alunos utilizam e vêm as novas tecnologias como algo lúdico e não como ferramentas de trabalho e de aprendizagem), o Plano Tecnológico abre novos horizontes e permite novos espaços de saber e de conhecimento para muitos alunos que de outra forma não o conseguiriam.
Para terminar, acho que tem de existir um equilíbrio entre o ensino tradicional, os métodos tradicionais e todas as novas tecnologias, mas nunca podemos perder de vista que estamos a preparar os cidadãos do futuro.

Sem comentários: