segunda-feira, 9 de março de 2009

Reflexão
Ao longo deste semestre fui levada a reflectir sobre currículo, o que é, que concepções existem, concepções muitas vezes em contradição ou mesmo em conflito. Uma pergunta ficou-me: que teorias curriculares existem, como se organizam? Várias são as teorias de currículo: a Teoria Tecnológica do Curriculum, centrada na racionalidade de Tyler e Bobbit; a Teoria Prática do Curriculum, centrada na crítica de Schwab, Huebner e Kemmis, Mac Donald e Walker, Stenhouse, Goodson, Connelly e Clandimin; a Teoria Reconceptualista centrada na especialização de Short, Aple, Giroux, Marsh, Egan, Eisner, Cornbelt, entre outras.

O currículo aparece de uma necessidade de especificação precisa de objectivos, procedimentos e métodos de forma a possibilitar a medição e a análise dos resultados. Esta necessidade foi uma consequência da massificação da escolarização e da necessidade de racionalizar os resultados educacionais.
Tenho a noção de que o currículo depende da forma como é estruturado e de como é definido por diferentes teorias e autores. Uma definição não resolve o problema do currículo pois, não revela a sua essência, mas sim uma posição subjectiva que tem sofrido variações ao longo do tempo.
A nossa forma de ver a realidade é estruturada e organizada pelos conceitos de uma teoria. Assim sendo, temos de analisar e reflectir sobre os diferentes conceitos das diferentes teorias de currículo. Não podemos dar só ênfase aos conceitos pedagógicos de ensino mas temos de analisar os conceitos de ideologia e poder para podermos “ver” a Educação de uma perspectiva mais abrangente.
Na minha opinião várias questões se levantam em relação ao currículo, porque se ensinam determinados conteúdos em detrimento de outros, como se devem inter-relacionar as disciplinas, quem deve ter acesso ao conhecimento e em que moldes.
O currículo é o resultado de uma selecção de conhecimentos e saberes procurando justificar a razão de tal escolha. Escolha que deve ter implícitas as necessidades da sociedade, o que é que os alunos devem ser ou no que se devem tornar.
Por mais que as tecnologias de informação sejam um meio extremamente útil nas relações de ensino aprendizagem, não resolvem, por si só, toda a problemática do Ensino e não alteram práticas. Contudo, podem facilitar a troca de reflexões e a construção de conhecimento assim como estas tecnologias constituem um importante contributo no complexo sistema de processos de ensino-aprendizagem

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